
Nem mesmo a presença de servidores municipais e dirigentes do Sindiçu (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Guaçu) foi suficiente para evitar a votação e aprovação pela Câmara Municipal, nesta segunda-feira (31), do Projeto de Lei Complementar que reajusta em 5,06% os salários do funcionalismo público guaçuano.
O índice proposto pelo Executivo, dentro do texto assinada pelo prefeito Rodrigo Falsetti (PSD) equipara a inflação acumulada ao longo dos último 12 meses, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e também afeta os funcionários do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) FEG (Fundação Educacional Guaçuana), Hospital Municipal Dr. Tabajara Ramos, Proguaçu e Faculdade Franco Montoro.
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O reajuste aprovado é equivalente a um terço do reajuste salarial da pauta inicial apresentada pela categoria, que havia apresentado um índice de 15%, levando em consideração as perdas acumuladas. A contraoferta da administração já havia sido rejeitada dias antes em assembleia realizada pelo Sindicato, que convocou o funcionalismo a comparecer na sessão desta segunda.
Em torno de 30 pessoas atenderam a convocação e se manifestaram contrários ao projeto, chegando inclusive a se reunir com os vereadores para tentar barrar a votação do projeto encaminhado pelo Executo em caráter de urgência, pouco antes do encerramento do expediente da Câmara Municipal na sexta-feira (28).
Durante as conversas com os parlamentares, a solicitação de adiamento da votação não foi acolhida e o projeto acabou sendo encaminhado às comissões internas e incluído na pauta do Expediente.
Durante a discussão da proposta, o vereador Alex Tailândia (PL) foi o único a se manifestar, criticando a falta de diálogo e o envio da proposta em regime de urgência. Durante sua manifestação na tribuna da Casa, o parlamentar anunciou que deixaria o plenário como forma de protesto.
A votação ocorreu de forma nominal, com voto à favor dos vereadores Adriano Batatinha (MDB), Amarai Pezão (União), Ângela Maria (PRD), Ditão da Ambulância (Republicanos), Pastor Elias (Republicanos), Guilherme da Farmácia (PSD), Jefferson Luís (PP), Luís Zanco (MDB), Marçal Damião (PSDB) e Natalino Tony Silva (PSDB). Eliete de Madureira (PSD) e Paulinho Pereira (PP) votaram contra a proposta.
Tão logo a aprovação foi anunciada, parte do público presente passou a se manifestar com palavras contra os parlamentares, cobrando verbalmente uma postura diferente dos parlamentares e do governo.
O presidente do Sindiçu, Miro Sutério, se manifestou via as redes sociais da entidade e afirmou que a proposta de 5,06% de reajuste e a decisão da Câmara em levar o projeto para votação significou um desrespeito aos servidores municipais guaçuanos.
O projeto provado ainda prorrogou para até o final de fevereiro de 2026 o abono de R$ 100 concedido aos servidores.
Com a aprovação da Câmara, resta apenas a promulgação do prefeito para que o reajuste passe a valer.