
Nesta quinta-feira (30) os desembargadores do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) decidiram por cinco votos a favor e dois contra pela cassação do diploma de deputada federal de Carla Zambelli (PL).
A parlamentar foi a candidata a deputado federal mais votada em Mogi Guaçu nas eleições de 2022, tendo sido a opção de 8.434 mil eleitores locais, recebendo 10,49% dos votos válidos no pleito.
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Além da anulação da diplomação que na prática retira o mandato da deputada, a decisão desta quinta ainda a tornou inelegível por oito anos a partir do pleito de 2022.
De acordo com o TRE-SP, a deputada federal cometeu uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), alegando que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022.
Em nota, o TRE-SP afirmou que, de acordo com o voto vencedor, do desembargador Encinas Manfré, relator do processo, a parlamentar fez publicações para provocar o descrédito do sistema eleitoral e a disseminação de fatos inverídicos.
O magistrado destacou publicações da deputada com ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e ao sistema eleitoral brasileiro, a exemplo da divulgação, pela parlamentar, de uma falsa notícia de manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, no interior do estado.
A deputada poderá recorrer da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em nota, publicada nas redes sociais, a deputada federal disse que irá ingressar com recursos cabíveis à decisão. “Hoje, o TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal. Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis”.
A deputada disse ainda que está sendo perseguida politicamente. “Fica claro que a (sic) perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o Sol do meio-dia”.
(Com informações da Agência Brasil)