Uma denúncia anônima levou o proprietário e a polícia até o local onde a estrutura havia sido abandonada - Foto: Divulgação
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Chegou ao fim nesta quarta-feira (04) as buscas pelo brinquedo inflável gigante, The Kingdom Park, levado por golpistas que atuam na modalidade de falso frete durante a transferência do Buriti Shopping para um centro de compras no Rio de Janeiro (RJ).

A notícia da localização foi feita pelo empresário Gil Fagundes, proprietário da atração de cerca de 700 metros quadrados que desde o dia 19 de novembro vinha numa busca incansável por informações sobre o paradeiro da maior estrutura do gênero da América-latina.

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Segundo o empresário, toda a estrutura recuperada estava em uma área da zona rural de Sertãozinho (SP) e a localização só foi possível graças a uma denúncia anônima.

“Graças a uma denúncia feita de forma anônima conseguimos encontrar. A (DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da Polícia Civil da região já estava investigando por que tínhamos informações que ele (o The Kingdon Park) estaria por lá e felizmente conseguimos chegar até o local indicado”, contou Fagundes.

Além da estrutura inflável e todos os demais itens levados, como container, motores elétricos e gradis, foram encontrados depois de 16 dias de drama pelo desaparecimento do equipamento avaliado em cerca de R$ 1 milhão.

O proprietário relatou ainda que por orientação das próprias autoridades policiais não realizou a verificação de todos os itens levados no golpe do falso frete. “Carregamos tudo o mais rápido possível e saímos de lá. Quando chegarmos em casa vamos verificar tudo com calma”, afirmou o empresário que deverá chegar na sede da Play Kids, na cidade de Vacaria (RS) entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira (05).

O The Kingdom Park só deverá voltar a rodar o Brasil no próximo ano. Nas próximas semanas a equipe responsável pela atração irá cuidar das manutenções necessárias e fará a higienização de todo o equipamento.

Além do alívio pela localização da atração, o empresário disso que o episódio que acabou sendo notícia em todo o Brasil fará com que algumas mudanças na logística sejam adotadas, além de cuidados adicionais.

“Sempre fomos muito cuidadosos, mas a partir de agora seremos ainda mais. Além da instalação de rastreadores em praticamente tudo, também não fazer a contratação de frete via a FreteBras (onde os golpistas utilizaram para aplicar o golpe clonando a placa de um caminhão semelhante)”, adiantou Fagundes.

Os criminosos haviam levado o brinquedo inflável na manhã do dia 18 de novembro, depois de clonarem os dados de um caminhão Scania e se passarem pelo proprietário do veículo, desviando a rota que deveria ter sido em direção ao Rio de Janeiro. O empresário só notou o furto na manhã do dia seguinte, quando a carreta não chegou ao destino e o motorista deixou de responder as mensagens e ligações.

Desde então, uma grande mobilização passou a ser feita com a verificação de vários locais onde a atração poderia estar até ser encontrada.

Depois de ignorar as solicitações de manifestações quando o golpe foi aplicado, desta vez os gestores da plataforma FreteBras se manifestou através de nota oficial.

“Em relação ao furto do brinquedo inflável, gostaríamos de esclarecer que o motorista envolvido no incidente não foi contratado por meio da plataforma FreteBras. O golpista se passou por um motorista da nossa plataforma, mas estabeleceu contato com a empresa fora do nosso sistema, por meio do WhatsApp, para realizar o frete.

É importante frisar que, por essa negociação ter ocorrido fora do ambiente da FreteBras, não tivemos a capacidade de monitorar ou controlar o fechamento do frete, o que dificultou a nossa possibilidade de agir rapidamente. Além disso, a ausência do link de interesse do frete, que é essencial para validar a legitimidade do motorista, impediu que confirmássemos se o suposto motorista realmente tinha acesso ao frete publicado em nossa plataforma.

Outro ponto relevante que não foi considerado foi a utilização da ferramenta Check.AI, que permitiria verificar se o número de contato utilizado correspondia ao cadastro do motorista na nossa plataforma. Ao verificar os números, constatamos que eram diferentes, o que indicaria claramente a tentativa de fraude.
Portanto, gostaríamos de enfatizar que não tivemos responsabilidade no fechamento do frete e, por isso, não podemos ser responsabilizados pelo incidente, uma vez que não tivemos controle sobre a negociação.”
(Matéria atualizada às 13h00 do dia 5 de dezembro)