As filhas do guaçuano José Silvieri, de 72 anos, vêm se mobilizando para conseguir a assistência necessária para seu retorno da Santa Casa de Limeira para a residência da família, em Mogi Guaçu, pondo fim a um período de internação que se estende por cerca de 80 dias, em razão de uma cirurgia para correção de um aneurisma na aorta.
Por enquanto, o impasse vem sendo a falta de assistência médica domiciliar necessária oferecida pelo poder público e que já motivou a família a apelar, sem sucesso, para a Secretaria Municipal de Saúde.
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Segundo uma das filhas de Silvieri, Josiane Silvieri Mendonça, para que o pai possa voltar para casa é necessária toda uma estrutura de home care, com respirador tipo bipap, alimentação por sonda nasoenteral, oxigênio e uma equipe multidisciplinar para que o processo de recuperação possa ter continuidade.
“Hoje ele está em tratamento aqui em Limeira de uma infecção seríssima devido ao tempo de permanência no hospital, teria que transferir para seu município de origem para terminar o tratamento, pois precisou também fazer o uso do oxigênio. Após o término do tratamento, para ir para casa ele precisa de um respirador bipap, alimentação por sonda nasoenteral, oxigênio e atendimento de multiprofissionais de saúde em casa”, detalhou Josiane
A estrutura é necessária em razão de uma parada cárdio respiratória ocorrida após a cirurgia para correção do aneurisma na aorta e que obrigou sua permanência por várias semanas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Segundo a filha, a Santa Casa limeirense forneceu toda a documentação necessária para a solicitação e o pedido foi protocolado na Secretaria Municipal de Saúde dia 22 de fevereiro, com a resposta negativa sendo apresentada seis dias depois. O atendimento disponibilizado pelo Município não cobriria totalmente as necessidades do pai, que, de acordo com Josiane, requer uma atenção mais ampla.
Na tentativa de assegurar o atendimento das solicitações, na segunda-feira (18) a família ingressou com uma ação na Justiça local. O processo foi distribuído para a 3ª Vara Civel, com o juiz Fernando Colhado Mendes orientando a representação da família a ajustar a petição inicial adequando o valor da causa para sequência da tramitação.
Sem uma solução imediata para o retorno de Silvieri para casa, a família tem se revesado nas viagens para Limeira acompanhando seu processo de recuperação e custeando os deslocamentos frequentes. “Lembrando que todo esse deslocamento está sendo feito por nós, a prefeitura não nos ajuda em nada e nega leito para ele desde fevereiro. Onde a Assistência Social de Limeira vem conversando, mas sem sucesso”, pontuou a filha.
A reportagem do GuaçuAgora solicitou um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde a respeito das situações pontuadas pela família do paciente. A pasta se manifestou por meio de nota oficial, pontuando que está em contato com a família, oferecendo todas as orientações necessárias.
“A Secretaria Municipal de Saúde informa que o paciente encontra-se em Limeira aguardando alta médica após transferência da Santa Casa de Mogi Guaçu para realização de procedimento cirúrgico em outro município. Informa ainda que dispõe, a partir do serviço Melhor em Casa, de assistência médica multidisciplinar e de suporte domiciliar de oxigênio. A alimentação por sonda, por sua vez, está disponível pela Farmácia de Alto Custo, financiada pelo Estado. A Secretaria reforça que está em contato e que segue à disposição da família para oferecer o suporte e as orientações necessárias em vista dos cuidados específicos que o caso requer”, esclareceu a Secretaria.
(Matéria atualizada às 7h30 do dia 19 de março de 2024)
