A Polícia Federal e a CGU (Controladoria Geral da União) deflagraram nesta quinta-feira (23) a Operação Sepsis, que apura possíveis desvio de recursos públicos na área da Saúde, por meio de uma OSS (Organização Social de Saúde) contratada pela Prefeitura de Sorocaba (SP).
Um dos endereços alvo dos agentes foi em Mogi Mirim, onde a 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo expediu mandado de busca e apreensão. Assim como ocorre nas demais ações coordenadas pela Justiça Federal, os detalhes dos locais alvos da operação não foram informados.
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Mas entre os materiais apreendidos estão computadores, celulares e documentos.
Outros 22 endereços nas cidades de Sorocaba, Salto de Pirapora (SP), Cabreúva (SP) e São José dos Campos (SP) também tiveram os policiais da PF e auditores da AGU recolhendo dinheiro, veículos, outros bens, computadores, mídias e documentos.
A Operação Sepsis averigua denúncia de fraude em licitação, desvio de finalidade na aplicação de recursos, ocultação de patrimônio com utilização de ‘laranjas’ e lavagem de dinheiro.
Todo o esquema, envolvendo cifras estimadas em R$ 60 milhões foi operado durante a execução de contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Sorocaba e a OSS para a gestão de UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
De acordo com o delegado coordenador da operação, João Luiz Moraes Rosa, a Prefeitura de Sorocaba não é o alvo das investigações, mas sim uma organização social que presta serviços na área da Saúde e suas fornecedoras. Também não há nenhuma acusação contra agente público.
Segundo a PF, a investigação apura práticas ilegais envolvendo a gestão de recursos públicos na execução de um Termo de Convênio, celebrado em março de 2022, entre a Prefeitura de Sorocaba e uma OSS sem fins lucrativos, para a gestão de uma UPA no município. A unidade não foi informada.
No decorrer da investigação, foram identificados indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à OSS.
A polícia apontou que também foram constatadas transferências de elevados valores das contas da Organização Social e das empresas subcontratadas para contas correntes de familiares ligados à diretoria da organização social.