
Após um árduo trabalho que mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Renovias, Polícia Militar e Polícia Rodoviária por cerca de 5 horas, o carro avistado nas águas do Rio Mogi Guaçu no início da tarde desta quarta-feira (22) foi retirado e confirmado se tratar do VW/Gol que era conduzido pelo jovem Guilherme Henrique de Jesus, de 21 anos.
Após a retirada, que exigiu o trabalho de dois caminhões guincho, os restos mortais do rapaz de Poços de Caldas (MG) e que morava em Campinas (SP) também foram encontrados no interior do veículo, ponto final ao drama vivido por familiares do motorista que caiu no Rio Mogi Guaçu no final da manhã do dia 2 de janeiro.
Tão logo foram informados da possibilidade de que o Gol tivesse sido encontrado, parentes de Guilherme Henrique foram ao local do acidente, na altura quilômetro 169 da Rodovia Dr. Adhemar Pereira de Barros (SP-340), e acompanharam a distância a operação montada para a remoção.
Os trabalhos tiveram um complicador extra, a chuva que caiu de forma intensa durante cerca de 90 minutos e elevou o nível do rio, voltando e encobrir as rodas que haviam sido avistada por populares, que chamaram os Bombeiros.
Porém, antes da elevação do nível, uma corda já havia ancorado o automóvel. Ela serviu de guia para que cabos de aço fossem fixados no eixo do veículo, que foi arrastado gradualmente até a margem.
Tão logo o carro foi retirado, foi possível constaram os danos na sua parte frontal e teto, confirmando a colisão e posteriormente a queda de rodas para cima, conforme relatado por testemunhas do acidente ocorrido no segundo dia de 2023.
Assim que constataram a presença da ossada do motorista, Bombeiros e agentes da Renovias cobriram o veículo com uma lona para preservar os restos mortais da vítima e em respeito aos familiares.
Peritos do IC (Instituto de Criminalística) foram chamados para os trabalhos necessários e posteriormente encaminhamento da ossada ao IML (Instituto Médico Legal) de Mogi Guaçu, onde os exames necroscópicos para a coleta de material que será utilizado no exame de DNA para confirmar a identidade, conforme exigência legal.
Até a publicação da matéria, ainda não haviam sido confirmados a data e local da cerimônia de sepultamento da ossada, que provavelmente deverá ocorrer em Poços de Caldas.
Em razão da movimentação de viaturas, dezenas de curiosos se aglomeraram no local do acidente. Além disso, o trânsito no trecho próximo a Sylvamo, no sentido Mogi Guaçu/Campinas da SP-340 também ficou bastante complicado, com a lentidão formando uma fila de cerca de 1 quilômetro.
Guilherme Henrique veio a cair nas águas do Rio Mogi Guaçu depois de perder o controle do Gol, invadir o canteiro central e avançar pelo vão existente entre a ponte de ambos os sentidos da rodovia, por volta das 11h00 do dia 2 de janeiro.
No mesmo dia, familiares do rapaz se manifestaram sobre a possibilidade de que ele fosse a vítima do acidente, já que não havia chegado à Campinas depois de ter saído da cidade mineira, o que foi confirmado pouco depois.
As buscas pelo jovem seguiram por cerca de duas semanas e a mobilização de dezenas de pessoas. Elas só foram paralisadas após a utilização de um aparelho sonar, que varreu o leito Rio Mogi Guaçu e não apontou evidências de onde o veículo estaria.
Contudo, apesar das buscas por vários quilômetros, o carro veio a aparecer cerca de 100 metros distante do local onde caiu e afundou.