Robson (à esquerda) acompanhou de perto todos os passos das buscas pelo filho - Fotos: GuaçuAgora
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Após acompanhar por dias o trabalho das equipes mobilizadas na busca pelo filho Guilherme Henrique de Jesus, de 21 anos, o empresário Robson Vanderlei de Jesus, se mostrou conformado com a suspensão das operações em busca, anunciada nesta terça-feira (17) pelo Corpo de Bombeiros.

Em entrevista concedida ao G1/Campinas, ele resumiu um pouco dos sentimentos que vem vivenciando em torno do acidente e desaparecimento do filho nas águas do Rio Mogi Guaçu e admitiu que todos os esforços possíveis até o momento foram realizados.

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“É difícil aceitar a interrupção, mas o que poderia ser feito, foi feito. Não tenho o que contestar o Corpo de Bombeiros”, afirmou o empresário ao jornalista Fernando Evans.

Robson e outros membros da família que vive em Poços de Caldas (MG) promoveram uma espécie de vigília nas margens do Rio Mogi Guaçu, no seu trecho cortado pela Rodovia Dr. Adhemar Pereira de Barros (SP-340), no quilômetro 168, acompanhando de perto todo o planejamento e as ações coordenadas pelo Corpo de Bombeiros e que também mobilizou diversos voluntários.

Exatamente em razão desta proximidade e de ter sido posto a par de todas as alternativas mobilizadas, o pai do jovem vítima do acidente ocorrido no final da manhã do dia 2 de janeiro reconheceu as dificuldades frente ao cenário atual.

“Com o volume atual não tem o que fazer. Fizeram a varredura com o sonar, percorreram 20 quilômetros. O mais provável (de encontrar) seria assim que o rio baixar”, ponderou o empresário no material publicado nesta terça.

Guilherme se acidentou quando seguia de Poços para Campinas (SP), onde vinha morando e trabalhando, após passar as festas de final de ano ao lado da família. Contudo, apesar da enorme dor, o pai dá sinais de certo conformismo com a situação.

“Nossa vontade seria encontrar, ter uma resposta, que seja a pior, para poder encerrar esse ciclo, se despedir e tentar seguir a vida. Infelizmente não é a realidade. Mas estou me preparando até para a possibilidade de não encontrar, se essa for a vontade de Deus”, resumiu.

A suspensão das chamadas buscas ativas foi anunciada pelo comando do Corpo de Bombeiros após o esgotamento de todos os recursos disponíveis e empregados ao longo das últimas duas semanas. Além do contingente guaçuano, membros da corporação das bases de Campinas e Paulínia (SP) também foram mobilizados, bem como diversos voluntários.

Entre os equipamentos empregados, o último recurso foi um sonar do Instituto de Oceanografia da USP, que efetuou um escaneamento do leito do rio e também não conseguiu localizar o veículo nem o corpo de Guilherme Henrique.

Mas apesar da pausa nas buscas ativas, os trabalhos não foram encerrados e serão retomados assim que novas evidências que auxiliem na localização surjam.