Completados 15 dias de trabalhos em torno da localização do corpo do jovem Guilherme Henrique de Jesus, de 21 anos, e do veículo conduzido por ele quando submergiu nas águas do Rio Mogi Guaçu, o Corpo de Bombeiros determinou a suspensão por tempo indeterminado das buscas.
A decisão foi tomada após o esgotamento dos recursos técnicos disponíveis e do desgaste dos mergulhadores da corporação e voluntários que vinham auxiliando na procura por sinais que indicassem o ponto do rio onde o VW/Gol que era conduzido pelo jovem possa estar depois de cair nas águas, no final da manhã do dia 2 de janeiro.
Neste período, foram mobilizados aproximadamente 60 pessoas, entre bombeiros do 7º Grupamento, das bases de Mogi Guaçu, Campinas (SP) e Paulínia (SP), além de voluntários que conhecem a fundo o rio e praticantes de pesca magnética.
Sonares, entre eles um aparelho pertencente do Instituto de Oceanografia da USP (Universidade de São Paulo), foram utilizados para escanear a calha do rio em busca de indícios.
O Helicóptero Águia, da PM (Polícia Militar) também realizou incursões por um trecho de mais de 10 quilômetros por pelo menos três ocasiões.
Mas em nenhum dos recursos empregados foi suficiente para apontar a possível localização do veículo ou de Guilherme Henrique, que caiu nas águas do Rio Mogi Guaçu depois de perder o controle do carro que dirigia, invadir no canteiro central da Rodovia Adhemar pereira de Barros (SP-340) e avançar no vão existente entre as pontes dos dois sentidos da pista, na altura do quilômetro 169.
Segundo o capitão Leonardo Simões, responsável pelo subgrupamento guaçuano, a famílias do jovem foi informada da medida e teve todas as razões esclarecidas.
Como ele detalhou, as condições atuais do Rio Mogi Guaçu têm dificultado as ações e posto inclusive os bombeiros envolvidos em risco, mas ainda assim todas as ferramentas disponíveis foram empregadas. “Usamos o máximo dos recursos que tanto o Corpo de Bombeiros dispunha quanto os civis poderiam nos ajudar. Mas ainda assim, as operações foram infrutíferas, infelizmente. Agora vamos aguardar que haja novos recursos disponíveis ou que indícios surjam”, detalhou capitão Matias.
Ainda de acordo com o oficial, o sonar da USP chegou a apontar uma mancha que poderia ser o veículo conduzido por Guilherme Henrique, mas na verificação in loco isso não se confirmou.
Ele ainda frisou que caso a população aviste sinais que possam auxiliar nas buscas, acione as autoridades. “Há qualquer novo sinal ou recurso disponibilizado, nosso trabalho será retomado”, afirmou o capitão.