Desde domingo (25) as chuvas têm ocorrido de forma mais intensa em Mogi Guaçu e nas demais cidades do Leste de São Paulo e Sul de Minas Gerais. Isso tem provocado uma elevação na vazão do Rio Mogi Guaçu e preocupado muitas pessoas que passam pelas margens do curso d’água.
De acordo com medições realizadas pela equipe técnica da SAAMA (Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente) e pela AES Tietê, responsável pela barragem localizada no bairro da Cachoeira de Cima, a vazão na manhã desta quarta-feira (28) era de 228 metros cúbicos por segundo.
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Já o reservatório da barragem estava em 52,29% da sua capacidade máxima, com as comportas abertas para manutenção do fluxo da água.
Embora o município siga na faixa de alerta da Defesa Civil, com mais de 140 milímetros de chuvas nas últimas 72 horas, a condição não gera preocupação por parte daqueles que monitoram o rio.
Conforme explicou Jean Carlo Canato, assessor técnico da SAAMA, a vazão atual está distante daquela apontada como sendo de risco para transbordamento do Mogi Guaçu e alagamento da área central e outros trechos próximos a sua margem, no perímetro urbano.
“O Rio Mogi Guaçu, no momento, não tem risco de alagamento. Na barragem é feito um controle e o perigo hoje não existe. A vazão hoje está em 230 metros (cúbicos) por segundo e para começar a alagar tem de estar em torno de 450 (metros cúbicos por minuto)”, detalhou.
Canato disse ainda que as chuvas que ocorrem em Mogi Guaçu não têm grande impacto no volume de água do rio. Neste sentido, as chuvas registradas no Sul de Minas, em cidades como Ouro Fino (MG) e Jacutinga (MG) por exemplo, têm reflexos mais significativos.
“A chuva que cai aqui em Mogi Guaçu não afeta muito a gente, o Rio Mogi Guaçu é mais afetado pelas águas que caem no Sul de Minas e vêm segundo o curso dele. Se houver algum risco (de alagamento) alertas são emitidos e toda a população eventualmente afetada é informada antecipadamente em razão deste monitoramento que é feito”, afirmou.
Situação diferente ocorre com os córregos e pequenos afluentes locais do Mogi Guaçu. Neste caso, os transbordamentos pontuais ocorrem e a preocupação das autoridades é em eliminar os pontos de obstrução das águas, normalmente decorrente do acúmulo de galhos e outros materiais em pontos específicos.
Em relação aos próximos dias, a previsão é de que as chuvas prossigam, com tendência gradual de queda nos volumes a partir de sexta-feira (30), de acordo com o Instituto ClimaTempo.
Na quinta-feira (29) o volume esperado é de 50 milímetros, com 20 na sexta. Para o último dia do ano, no sábado (31) são esperados em torno de 15 milímetros, mesmo volume previsto para o dia 1 de janeiro, no domingo.