
Como forma de pressionar a administradora da plataforma iFood, os motoboys parceiros da empresa de entregas iniciaram neste sábado (17) e prometem estender pelo menos até este domingo (18) a paralização ao atendimento aos pedidos através do aplicativo.
A medida organizada entre os próprios entregadores afeta tanto os chamados para Mogi Guaçu quanto aqueles relacionados a Mogi Mirim depois de uma série de tentativas frustradas de que as reivindicações tivessem uma resposta.
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De acordo com as lideranças do movimento, a estimativa é de que aproximadamente 250 prestadores do serviço de entrega que atendem os chamados de entrega nas duas cidades.
De maneira geral, os profissionais pedem melhores condições tanto no retorno financeiro quando naquelas disponibilizadas pelos estabelecimentos. A circular encaminhada aos motoboys pontua a distribuição justa de rotas; promoção em dias de chuva, feriados e finais de semana, etc; melhoria nas taxas com duas rotas; e entregas para todos entregadores disponíveis no aplicativo.
Eles ainda solicitam que os chamados ocorram após a conclusão do preparo dos pedidos e a oferta de abrigos proteger os trabalhadores do sol e da chuva.
“Está muito ruim, na maioria dos lugares que vamos coletar pedido não tem nem abrigo do sol e chuva. É insalubre”, cita Rodrigo Dias da Rocha, uma das lideranças, ao lado de Jean Roberto Gonçalves e Danilo Liparini.
Os organizadores disseram que o primeiro dia de paralisação teve uma adesão maciça e os estabelecimentos comunicaram a gestão da plataforma sobre a medida.
Eles ainda cobram a presença de representantes do iFood para que a relação seja mais próxima. Os entregadores se queixam que em cidades de menor porte, como São João da Boa Vista (SP), esta atenção ocorre.
A expectativa dos entregadores é que ao longo desta semana, enfim, a plataforma abra um diálogo para que os pleitos sejam ouvidos e comecem a ser atendidos. Caso isso não ocorra, eles não descartam repetir a suspensão no próximo final de semana.
A reportagem do portal GuaçuAgora questionou o iFood a respeito da mobilização.
Via nota encaminhada pela sua assessoria de imprensa, a plataforma disse que respeita o posicionamento da categoria e tem atuado de forma a ouvir os entregadores e adotado ações para ouvi-los.
“O iFood respeita o direito de manifestação e esclarece que tem intensificado esforços nos últimos anos pelo compromisso de diálogo aberto e transparente com os entregadores no intuito de buscar melhorias e oportunidades para os profissionais como também para todo o ecossistema. Como parte desse compromisso, a plataforma estabeleceu uma agenda de escutas e encontros em 20 cidades brasileiras por meio do programa Voz dos Entregadores para reuni-los e entender o que tem dado certo e o que pode ser aprimorado. Mais de 600 entregadores já participaram dos encontros nas cinco regiões do país. É importante lembrar que neste ano o iFood já realizou um aumento nos valores das taxas mínimas do quilômetro adicional rodado em 50%, e das rotas, em 13%, pagas aos entregadores”, pontuou a nota emitida pela empresa.