Episódio acabou ganhando as redes sociais após reação dos estudantes - Foto: Reprodução
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O que deveria ser uma disputa dentro da gincana interna promovida pela FEG (Fundação Educacional Guaçuana) acabou se transformando num episódio que trouxe à tona um caso de discussão de gênero dentro da instituição de ensino, na manhã desta sexta-feira (09).

E a personagem central de todo o episódio foi uma estudante trans, aluna do Ensino Médio, que, de acordo com informações iniciais, já vinha sendo alvo de discriminação velada, mas que em razão da sua participação no concurso de dança da gincana acabou sendo hostilizada por um pequeno grupo.

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Segundo relatos, a aluna participaria da disputa por uma das equipes quando, antes da sua apresentação, acabou sendo alvo de afirmações discriminatórias.

A hostilização fez com que colegas da estudante saíssem em sua defesa e se manifestassem publicamente no interior do colégio, confeccionando e expondo pelo menos um cartaz e uma faixa em apoio a jovem e que circularam pelas redes sociais e grupos de mensagens ao longo do dia.

O cartaz com a frase ‘Um útero não te torna mulher!’, chegou a circular pelos corredores da escola e posteriormente acabou sendo recolhido pela direção.

Já a faixa com os dizeres ‘Vai ter trans na escola sim’ foi exposta por alunas no pátio da unidade.

A reportagem do GUAÇU AGORA solicitou um posicionamento oficial da instituição a respeito do episódio e questionou sobre as providências tomadas frente ao ocorrido.

A resposta veio por meio de uma nota emitida pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura, onde desenvolve trabalhos voltados ao respeito entre os estimula a transformação social através do ambiente escola.

“A Fundação Educacional Guaçuana esclarece que trabalha diariamente com ensino pautado por princípios de respeito, integração e acolhimento, sem qualquer interferência institucional em temas de foro particular e de responsabilidade familiar. Informa ainda que acredita na educação e no convívio escolar como ferramentas de formação e transformação da sociedade, com tratamento igualitário e sem qualquer distinção entre os alunos”, pontou a direção da FEG por meio de nota.

*(Atualizada às 7h30 de 10 de agosto)