Uma operação coordenada pelo MP (Ministério Público) fechou uma clínica clandestina de tratamento de dependentes químicos que funcionava em uma área rural de Mogi Mirim.
O espaço, na região conhecida por Chácaras São Marcelo, foi descoberto a partir de denúncias anônimas sobre maus tratos e cárcere privado.
A operação contou com a participação de policiais civis e guardas civis municipais. O local não tinha alvará de funcionamento e a coordenadora e um monitor foram presos em flagrante.
Os nomes, porém, não foram divulgados. As equipes chegaram ao local, situado Rua Osmundo Silva, e encontraram pelo menos 24 pessoas que estariam internadas para o suposto tratamento.
Segundo informações da polícia, a maior parte era formada por jovens de diversas cidades da região, incluindo Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Serra Negra, Itapira e Engenheiro Coelho. Havia no local também um cidadão de origem alemã, de 24 anos.
No local também foi encontrada grande quantidade de medicamentos psicotrópicos sem receituário de controle especial, tampouco comprovação de origem. De acordo com depoimentos, os internos eram obrigados a limpar o local e não tinham qualquer assistência psicológica ou psiquiátrica.
Nenhum médico atendia no local e apenas uma suposta enfermeira seria responsável por ministrar as medicações. As janelas do espaço eram trancadas por fora, com superlotação dos cômodos internos.
Depoimentos também apontaram que a alimentação era bastante precária, somente com produtos industrializados como salsicha e hambúrguer. O espaço foi lacrado e os residentes foram removidos por familiares.