A distribuição de agasalhos, cobertores e outros artigos de vestuário promovida neste domingo (7)
pela ONG (Organização Não Governamental) Mogi Guaçu Consciente acabou tendo de ser encerrada antes do esperado pelos seus organizadores. O ponto final na ação social realizada no Campo da Brahma, no Parque Cidade Nova, aconteceu em razão da ameaça de multa aos responsáveis feita por servidores municipais.
A atividade resultado de uma campanha de arrecadação de agasalhos, cobertores, roupas e calçados promovida pelo grupo formado por voluntários no decorrer das últimas semanas teve início por volta das 7h30 e deveria se estender até o início da tarde.
Contudo, por volta das 11h00, agentes municipais, a princípio com uma delas identificada pelos organizadores por Delma, informaram da necessidade de interromper a ação e retirada do material distribuído pelo gramado.
Frente a ameaça e para evitar maiores transtornos, os integrantes da ONG envolvidos na ação optaram por acolher a determinação, interromper a distribuição e recolher o material. “O que estamos sentindo nesse momento é vergonha, não por nós, mas por esse tipo de ação arbitrária e injusta não só com a gente, mas com todos que iriam receber as doações”, manifestaram os organizadores por meio de uma publicação nas redes sociais do Mogi Guaçu Consciente pouco após o fim da campanha.
Os responsáveis afirmaram que as medidas de distanciamento e proteção em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19) vinham sendo adotadas. “Para a segurança das pessoas, estávamos distribuindo máscaras, disponibilizamos álcool em gel e organizamos as pessoas para que não houvessem aglomeração. Tomamos as medidas de prevenção”, ponderou o presidente da ONG, Pablo de Sousa Melo.
EXPLICAÇÕES
Através da Secretaria de Comunicação Social, a Prefeitura justificou que tanto a GCM (Guarda Civil Municipal) quanto a Secretaria de Serviços Municipais foram comunicadas sobre a realização de uma feira no Campo da Brahma.
Ao chegar no local foi contatada se tratar de uma ação social. Contudo, de acordo com a administração, os responsáveis não solicitaram as devidas autorizações. Além disso, atividades que favoreçam a aglomeração de pessoas seguem vetadas no município.
Segundo as explicações da Prefeitura, frente a situação observada, foi realizada a orientação aos responsáveis por parte da Secretaria de Serviços Municipais.