Manifestação começou ainda no final da madrugada defronte ao Paço (Guaçu Agora)
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Um grupo de motoristas que atuam no segmento de transporte escolar e prestam serviços para o município se reuniu defronte à Prefeitura de Mogi Guaçu na manhã desta quarta-feira (20).

A categoria recorreu ao ato como forma de chamar a atenção para a difícil situação que enfrentam em razão da paralisação dos serviços em decorrência da suspensão das aulas por conta da pandemia de coronavírus.

Dezenas de vans, ônibus e microonibus escolares estacionaram ainda no final da madrugada ao longo da Rua Henrique Coppi. Os representantes da categoria esperavam ser atendidos pelo prefeito Walter Caveanha (PTB) para dialogar sobre possíveis soluções.

Um dos motoristas comentou sobre as dificuldades decorrentes da paralisação dos serviços. A maior parte deles atua no transporte de estudantes que residem na região rural do município, mas também participaram motoristas que transportam alunos também de unidades urbanas e de instituições.

De acordo com relatos dos manifestantes, os pagamentos feitos via Secretaria de Educação estão suspensos há dois meses. A Prefeitura afirma que deixou de receber em marco os repasses do governo estadual. Ao todo, são cerca de 250 profissionais diretamente afetados pela crise no setor.

Embora desejassem conversar com o prefeito, representantes da categoria foram recebidos pelo chefe de Gabinete, Bruno Franco de Almeida e pelo secretário de Negócios Jurídicos, Fábio Bueno, além do vereador Luciano Vieira (PP).

A Prefeitura informou ainda que já ocorreu uma reunião anterior entre os prestadores de serviço e o chefe do Executivo, na qual toda a situação teria sido esclarecida.

Até por volta das 13h00, os motoristas permaneciam defronte ao Paço Municipal com faixas e cartazes juntos dos veículos que exibiam mensagens com pedidos de ajuda ao prefeito.

  • NOTA

Em nota, a Prefeitura de Mogi Guaçu reforçou que deixou de receber os repasses feitos pelo Governo do Estado dos recursos utilizados para custear o serviço de transporte escolar.

“A suspensão do pagamento ocorre porque todas as atividades presenciais na rede pública de ensino foram suspensas em decorrência da pandemia de Covid-19. E a devida suspensão deste serviço de transporte implica também na suspensão dos pagamentos às empresas de vans e ônibus do Município”.

A nota afirma que na reunião com o prefeito os representantes da categoria receberam cópias dos pedidos levados ao Governo do Estado insistindo no restabelecimento dos repasses, na tentativa de socorrer as empresas neste momento de crise.

“Porém, o pagamento mediante a não realização do serviço incorre de crime de responsabilidade e pode convergir em consequências até mesmo para as empresas que receberem sem a devida prestação de serviço. Por isso, o Município busca outras formas para que as empresas continuem prestando serviço, com o objetivo de diminuir o impacto negativo que a pandemia causa na economia”, informa a nota.