Diagnosticada com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), doença degenerativa progressiva, há três anos, a guaçuana Tereza Abreu Batista da Costa, 56 anos, vem sendo o foco de uma campanha que visa angaria recursos para a compra de uma cama hospitalar que melhore sua qualidade de vida. A família que reside no bairro Boa Vista tenta obter os cerca de R$ 10 mil necessários para a aquisição do equipamento motorizado que trará mais conforto e uma melhor condição para alimentação e sessões dos tratamentos necessários.
Sem condições financeiras de arcar com os gastos que o tratamento exige e ainda adquirir o equipamento, a família decidiu organizar uma campanha de adesão voluntária. A ‘vakinha virtual’ teve início há um mês e já mobilizou 38 pessoas entre familiares e amigos mais próximos, obtendo R$ 4,25 mil. Apostando na solidariedade da população, nas últimas semanas uma legião de apoiadores tem espalhado pelas redes sociais mensagens com o link http://vaka.me/873426 e solicitando a ajuda daqueles que puderem colaborar.
Além da ‘vakinha’, que tem doações mínimas fixadas em R$ 30 pela gestora do site, as mensagens também têm disponibilizado uma conta bancária em nome da própria Tereza para doações de qualquer valor. Os depósitos ou transferências podem ser na realizadas, via Banco Bradesco, conta corrente número 19.289, dígito 9, da agência 0224.
A ideia da mobilização partiu do filho de Tereza, César Henrique Batista da Costa. Segundo ele, o equipamento é bastante utilizado entre os portadores da doença e oferece uma melhora muito grande no conforto dos pacientes. “Estamos com uma cama hospitalar emprestada que tem nos ajudado muito, mas infelizmente está distante do que um paciente com movimentos tão limitados necessita. Não temos condições de arcar com mais esta despesa, mesmo efetuando uma compra parcelada e tive a ideia de iniciar esta mobilização na expectativa de conseguir os R$ 10 mil necessários. Mas ainda não chegamos nem na metade do que precisamos”, conta o filho que tem acompanhado a mãe nas consultas e sessões fonoaudiologia.
A doença que afeta diretamente o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva já afetou a fala e a capacidade de alimentação – que é realizada por meio de sonda – e a mobilidade da guaçuana. Hoje Tereza divide seu tempo entre as sessões de fisioterapia que são realizadas em casa após muita insistência junto ao SUS (Sistema único de Saúde), as idas as consultas médicas e sessões de fonoaudiologia e a permanência da cama ou cadeira de rodas. “Já tivemos dias bem ruins, mas a fé que ela sempre teve e continua tendo tem ajudado muito e dado forças a todos nós para não desistir. Hoje ela é sorridente e muito positiva, o que tem nos ensinado muito”, relata Costa.
A doença rara que já afetou celebridades como o físico britânico Stephen Hawking, não tem cura e suas causas ainda não são conhecidas. Na prática, os neurônios dos pacientes acometidos pela doença se desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar mensagens aos músculos, o que acarreta num enfraquecimento muscular. “Ela sempre foi muito ativa e começou a apresentar os sinais com dores nas pernas que acabaram progredindo e limitando cada vez mais seus movimentos”, contou o filho que ao lado do pai e da irmã tem se revezado nos cuidados diários à mãe.